quinta-feira, 30 de setembro de 2010

AS DUAS RESSURREIÇÕES (Escrito por Sidcley Rodrigues do Amaral)


Quando Jesus ressuscitou, ele tornou-se “as primícias dos que dormem” (I Co 15.20), ou seja, foi o primeiro a ressuscitar com um corpo glorificado, que jamais provaria a morte novamente. A palavra ressurreição vem do grego anastasis [anastasis] e significa “tornar à vida”. Fazemos parte da corrente teológica de que Cristo iniciou a “primeira ressurreição”.

Escatologicamente, as Escrituras falam que haverá duas grandes ressurreições: a primeira, dos justos; e a segunda, dos ímpios (Dn 12.2; Jo 5.28-29).

A primeira ressurreição subdividi-se em três momentos ou fases, as quais correspondem às etapas da colheita de trigo no antigo Israel:

- A primeira fase, “as primícias dos que dormem”, ocorreu quando Cristo ressuscitou dos mortos (1 Co 15.20). Nessa ocasião, muitos santos do Antigo Testamento ressuscitaram também, depois dEle. (Mt 27.52-53). Essa primeira fase é semelhante ao primeiro molho de trigo colhido (Lv 23.10-12);

- A segunda fase, “a grande colheita”, ocorrerá quando Cristo vier arrebatar a sua Igreja. Nessa ocasião, os mortos em Cristo ressuscitarão e serão arrebatados juntamente com os crentes fiéis que estiverem vivos (1 Co 15.51-52; 1 Ts 4.14-18). Essa fase corresponde à grande colheita de trigo (Lv 23.10-22);

- A terceira fase, “as respigas da colheita”, é a ressurreição dos mártires da Grande Tribulação, ou seja, é a ressurreição daqueles que serão mortos no período sombrio da Grande Tribulação por não negarem a fé em Jesus e não aceitarem a marca da besta (Ap 6.9-11; 7.9-17; 20.4-6). Essa fase corresponde ao restolho da ceifa, as respigas da colheita (Lv 23.22).

Em contrapartida, a segunda ressurreição, como já escrevemos, é a ressurreição dos mortos ímpios. Diferente da primeira ressurreição, a ressurreição dos injustos se dará em um único momento. Ocorrerá somente ao fim do calendário escatológico deste mundo, pois se dará no dia do Juízo Final (Ap 20.11-15).

Amados irmãos, oremos e vigiemos para que em nós se cumpra a bem-aventurança dos justos ressuscitados: "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos" (Ap 20.6).

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